Andreas Kisser

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Sonic Excess conduziu recentemente uma entrevista com o guitarrista Andreas Kisser, do Sepultura. Alguns trechos da conversa podem ser lidos abaixo.

Sonic Excess: O 11º álbum de estúdio do Sepultura, "A-Lex", foi lançado há quase um ano. Você está feliz com o resultado final, ou olhando para trás agora, você mudaria alguma coisa?

Andreas: "Estou muito feliz com o 'A-Lex'. O álbum saiu em janeiro e fizemos duas turnês na Europa. Nós ainda queremos voltar para lá e em alguns outros lugares que não tenhamos ido ainda. Tocamos na Argentina com o Iron Maiden e foi uma grande turnê. Mas estou muito feliz com o álbum, que foi inspirado no filme 'A Clockwork Orange' e um livro surpreendente. Fizemos uma versão da Nona Sinfonia de Beethoven, por isso foi uma grande experiência gravar esse trabalho, especialmente tendo um novo baterista. Este álbum oferece um monte de possibilidades, estamos pensando em toca-lo com uma orquestra".

Sonic Excess: Isso soa interessante. Agora, você diria que 'A-Lex' é o álbum mais progressivo do Sepultura até hoje? Achei que, assim como o filme 'Laranja Mecânica', 'A-Lex' estava à frente de seu tempo. O Sepultura estava preocupado que algumas pessoas não o compreendessem?

Andreas: "Nem tanto. Para o Sepultura, se tornou comum trazer algo diferente. Claro, nós perdemos e ganhamos fãs ao fazer isso. Se você reunir todos os nossos álbuns, verá que são diferentes. É assim que somos, sempre a procura de algo novo. Não podemos agradar a todos, isso é impossível. Eu acho que é bom ter algumas críticas, porque isso vai lhe mostrar coisas que você não vê".

Sonic Excess: O Sepultura está pra completar 25 anos e para comemorar, vocês lançarão um DVD. Será isso um destaque na sua carreira, junto com a orquestra?

Andreas: "Definitivamente, essa é a ideia. Queremos desempenhar o nosso papel na história. Tocaremos músicas que nunca foram tocadas ao vivo e vamos tocar as mais conhecidas canções do Sepultura, auxiliados por uma orquestra. Estamos trabalhando com o mesmo cara que fez o 'A-Lex'".

Sonic Excess: Fora todos os anos no grupo, você deve ter milhares de pontos altos na banda, mas qual é aquele que você mais pensa quando reflete sobre a carreira do Sepultura?

Andreas: "Eu acho que é surpreendente ainda estarmos aqui, com tantas mudanças, como Max e Igor Cavalera deixando a banda. Nós mantivemos o mesmo espírito com a passagem do tempo. Quando o Sepultura começou, só existiam máquinas de fax. A tecnologia mudou muito, é tão incrível".

Sonic Excess: Faz alguns anos que o Sepultura veio aos EUA. Alguma turnê em vista?

Andreas: "Sim, cara. Estamos tentando montar um pacote em conjunto, mas tem sido muito difícil excursionar na América nos últimos dois anos. Esperemos que até ao início do próximo ano estejamos em turnê. Morei em Phoenix, Arizona, por 10 anos, por isso temos muitos amigos e pessoas que quero ver. Nós realmente queremos tocar para os fãs e mostrar-lhes o novo material".

Sonic Excess: O Sepultura tocou em várias datas do festival durante o verão na Europa e dividiu o palco com o Soufly. Alguma vez você teve qualquer pensamento sobre Max Cavalera (ex-vocalista e guitarrista do Sepultura) se juntar a você no palco para uma canção ou tomar uma cerveja nos bastidores?

Andreas: "Eu gostaria que fosse possível. É a primeira vez [no Festival Devilside em 28 de junho de 2009, Landschaftspark em Duisburg-Nord, Alemanha] que nós [Sepultura e Soufly] tocamos juntos desde que ele deixou a banda. É uma coisa ridícula, depois de 14 anos, que levou tanto tempo para acontecer. Foi legal, pois eles chegaram um pouco mais tarde do que nós. Eu conversei com pessoas que não via há muito tempo. Não havia nenhum ressentimento, eu sei, teve um monte de bobagens que foram faladas com a imprensa, mas sem ressentimentos. Eu respeito as decisões que ele tomou que fizeram com que deixasse o Sepultura e seguisse com o que queria na carreira solo, com o Soufly e o Cavalera Conspiracy. É muito bom ver os irmãos se reunirem novamente, assim que é legal. Estamos fazendo as nossas coisas, mas foi muito bom ver algumas pessoas que não víamos fazia muito tempo".

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